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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Fantasmas que não param de me atormentar(2)

No sábado, outro fato desagradável foi que uma das minhas caixas acústicas de som, estragou.
Não vou contar detalhes, mas no dia não consegui consertá-la e pensei que a havia perdido.
Hoje, pra meu contentamento, a consertei. Ufa!

Sinceramente, não sou mal-agradecido.  Falo com todos que sou muito grato ao primo; que se não fosse ele, eu estaria num abrigo ou morando na rua, passando fome.  Falo isto com ele, também.
Mas, ele é chato, inconveniente, folgado, megalomaníaco e ainda explora de seus empregados. Tenho até pena do caseiro da fazenda.

Hoje, mais calmo e ao ouvir novamente a  revelação do caseiro, que o primo gosta muito de mim, não tenho intenção de avisar que vou deixar a fazenda.  Não obstante, na próxima semana, pretendo ter uma conversa séria com ele, mostrando meu descontentamento com suas brincadeiras, incluindo o fato dele parecer achar que estou num paraíso, que estou feliz, só tendo motivo de ficar alegre.

Lhe revelarei que sou ateu(ele gosta muito de falar que preciso rezar) e que não pretendo me envolver mais com mulheres; ou seja, não pretendo ter uma companheira(ele vive querendo arrumar uma mulher pra mim).

O que vou dizer é o que penso mesmo, é a realidade: não há mais condições de eu voltar a ter alegria; que perdi coisas que eu tanto gostava , como a internet, meus mais de mil vinis, que é constrangedor ser dependente, que não consigo ter satisfação, sendo que não tenho mais condições de comprar nada pra mim, só vivendo a comprar o essencial, fazendo uma enorme economia, para sobreviver, que torço para minha morte, enfim, que sou um descrente, deprecio a vida, que não gosto das atitudes da maioria das pessoas; que adoro silêncio...

Igualmente, falarei que não pretendo participar da festa junina...

Ora, morei 6 anos e cinco meses, sozinho em Belo Horizonte/Contagem.  A mesma economia que eu fazia, na ocasião, faço agora.  Contudo, naquela época, pelo menos, eu vivia às minhas custas... mesmo com tanta privação, gastei uns 1.300, 1.400 reais com manutenção no computador e , com o estrago do meu cd player, comprei um mini system, por pouco mais de 400 reais.
Hoje, vivo às custas de uma pessoa... não tenho mais condições de comprar nada. Ah, quando morava em BH/Contagem, comprei uns 5 ou mais tênis... não tenho mais condições de comprar.

O fantasma da fome e da falta de moradia, não para de me atormentar.
Os fantasmas de tanta gente, todos do sexo masculino, que me azucrinaram com brincadeiras de mau gosto, continuam a me atormentar.

Eu não gostava de morar com meus pais; não gostei de morar com a minha avó materna; morar com a minha ex-esposa foi um desastre; malogrei ao residir na fazenda da filha do irmão mais velho do meu pai e, agora, estou de saco cheio em morar na fazenda do primo.
Só gosto mesmo é de morar sozinho, mas como, se não tenho o principal: dinheiro? O maldito dinheiro!!!
Maldita vida!!!

Viver pra quê?  Ah, me esqueci, "viver é sofrer"(Schopenhauer).  Então, estou cumprindo bem o meu papel, mesmo detestando o roteiro.  O Grande Diretor, o Sr Destino, parece mesmo não ter piedade.

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