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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O novo disco do velho Roger Waters(Esta é a vida que realmente queremos?)

Confesso que não esperava muito do disco mais recente do Roger Waters.

Gosto dos seus discos solos, mas Waters poderia ter feito trabalhos melhores.

O integrante que mais gosto no Pink Floyd- a coisa musical que mais gosto- é o saudoso Richard Wright.  No entanto, Roger Waters, além de ter sido o músico que mais compôs na banda, foi também o mais eclético.  Compôs músicas psicodélicas, espaciais, progressivas, baladas, jazz, folk...
Durante os bons tempos do Pink Floyd, pode se dizer que Waters não tinha um estilo próprio.  Era imprevisível, e isto, a meu ver, era muito bom!
À partir do "The Wall", ele definiu , de vez, um estilo: o de cantar, meio como se estivesse falando, para depois gritar, e criou discos amargos, repletos de críticas à sociedade, à política e as infindáveis crises existenciais.
O problema, o que me incomodou, é que Waters ficou preso ao estilo "The Wall".  Irônica, paradoxalmente, ele ficou preso à parede, não conseguindo mais criar nada novo... o ecletismo se foi... a repetição perdurou...
Chegou a encher o saco o uso permanente de coro feminino e saxofone...

Apesar de tudo, Waters sabe transmitir angústia, protesto, desalento, como poucos.  Eu diria que o único músico que pode se equiparar a ele, em termos de angústia, é o saudosoo Ian Curtis, do Joy Division.

E gostei demais deste seu último disco!
Antes de conhecer sua nova obra, já fiquei a pensar sobre o título do álbum: Esta é a vida que realmente queremos?.  O título já dá a entender que o homem continua a reclamar da vida(rs).
E olha que, na internet, ouvi e vi uma entrevista dele, dada há poucos anos, no qual ele diz que estava mais otimista, que seus relacionamentos foram bem ruins, que seus casamentos foram um desastre e, que, na sua então mais recente união amorosa, ele estava acertando...

... continua...

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