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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

New Born Child(Criança Recém Nascida)

É comum eu escutar discos, que baixei e gravei na internet, em mp3, há anos,e a ao (re) ouvi-los , ter a sensação que estou os escutando pela primeira vez.  A memória não é mais a mesma.  A velhice chegou.

Neste final de semana, ao ouvir discos do conjunto austríaco Eela Craig,fiquei surpreso com a introdução da primeira música, "New Born Child"(Criança Recém Nascida) .
A criança, ao nascer, não chora , berra... gritos de pavor.
Exagero?  Humor Negro?
Infelizmente, o mais correto seria berrar mesmo, gritar de pavor...
E, no decorrer da vida, o horror continua...  Ah, como tenho gritado!
E grito por dentro também, com intensidade!

Acabei de receber um e-mail de uma amiga virtual, a qual tenho muito apreço.
Uma amiga que me diz palavras de conforto, que me escuta, que até, pode se dizer, tem paciência comigo.
Uma amiga que me entende?
Bem, aí são "outros quinhentos"rs.

No e-mail, ela que há anos troca e-mails comigo, diz que é interessante meu modo de pensar, que meu senso de humor é ótimo(?!), faço brincadeiras inteligentes(?!), não pareço uma pessoa chata, que tenho empatia com as pessoas(?!) e que meu jeito de ser não combina com as pessoa que gosta de ficar só e se incomoda com a presença de outras.
Ela termina, perguntando: "o que te aflige?".

Talvez uma das muitas coisas que me aflige , seria a incompreensão de muitas pessoas, o fato delas não me entenderem.

Tenho rido só quando estou no mundo virtual, usando o "rs".  Eu rio, mas não rio. Entenderam?

No entanto, bem mais que a incompreensão alheia, o que mais me aflige é viver num planeta chamado Terra.  Será que o próprio layout do meu blog , já não responde o motivo de tanta aflição?  Será que estou fazendo tipo?

No meu aniversário de 60 anos, passado na fazenda do casal 0, não cantaram parabéns pra mim.  E a prima, que adora presentear os outros, inclusive me presenteou no Natal, nada me deu.  Quando o casal, depois do meu aniversário, foi embora pra BH, notei que haviam esquecido uma melancia, fruta que adoro e há  muito não comia.
E no dia do meu aniversário, o marido da prima, quando viu minha pressa de ir para o meu canto e almoçar, falou para que eu comesse pouco, que ele faria uma comida mais caprichada , mais tarde, que eu compartilhasse tal comida com eles(a prima, nossas duas tias e ele).
No entanto, não compartilhei...
Certamente, achando um desaforo meu isolamento,a prima nada me deu de presente, não me deu melancia e nem bolo(ela tem o costume de comemorar o aniversário de outrem com bolo).

Ontem, o dia até que não foi ruim... Por que não foi ruim?
Porque não tive contato humano...

Sou cheio de medos e talvez meu maior medo seja o medo de gente.
E, infelizmente, minha mente obsessiva não para de ter maus pensamentos.
Pro meu azar, continuo colhendo desafetos, como o nefando caseiro da fazenda do primo.

A citada amiga virtual gosto muito, assim como gosto de uma das atendentes da biblioteca da cidade interiorana e de algumas pessoas que moram aqui.

Acredito que , pelo menos, uns 5% da população da Terra são pessoas boas(e tem gente que me acha pessimista-rs).
Pena que no meu dia, na vida pessoal, é mais comum eu conviver com tralhas.

Pra quem ainda não me entendeu, jamais gostarei de um mundo em que não se consegue viver sem problemas e sem dinheiro, um mundo tão instável e imprevisível, desigual, injusto, perigoso...

Enquanto isto, a criança velha aqui, continua a berrar, a gritar de raiva, de pavor...


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