O Sr Destino costuma nos dar e depois tira.
Não há como esquecer os primeiros dias em que passei na roça,mais especificamente os vinte primeiros. E olha que apareceram problemas neste ínterim. Ainda assim, gostei desses dias. Minha vontade de morrer até que passou um pouco. Cheguei até a falar com a minha prima que eu gostaria de viver mais uns 6 anos(eu estava com 59 anos, na ocasião).
A vontade de viver mais tempo passou rápido. A vontade de morrer voltou. Claro que isto foi devido a sucessão de problemas. Contudo, pra mim, o saldo na minha permanência na fazenda era mais positivo do que negativo.
Apesar dos pesares, eu gostava de lá.
E repito que o que mais me agradava na fazenda era a falta de contato humano. De segunda a sexta , eu não me deparava com nenhum mortal.
O cunhado do marido da minha prima só aparecia na fazenda, nos sábados, indo embora aos domingos. O casal 0 aparecia de 15 em 15 dias, sendo até mais comum aparecerem de três em três semanas.
Cheguei até a falar com eles, algumas vezes, do bem que eu sentia em ficar sozinho, no campo.
Um dia, o marido da prima falou: "é, mas assim que o galinheiro ficar pronto, eu ficarei com mais frequência na fazenda e você vai ter que se acostumar com isto".
Quando faltavam poucos dias para eu completar um ano morando na fazenda, o marido da prima apareceu, numa sexta-feira, à tarde; indo embora na quarta. Ele apareceu sem sua esposa.
Foi com intuito de concluir a construção do galinheiro.
E o começo do meu fim , na fazenda, foram nesses dias.
Na sexta-feira, à noite, ele criticava minha postura, na fazenda, mais especificamente na conduta pessoal, como minha falta de empatia com seu cunhado, minhas reclamações, etc...
Eu me defendia... Ele começou a levantar a voz, o que lhe chamei atenção. Ele respondeu que não estava falando alto, mas baixou o tom de voz.
Acabei por falar: se vc e sua mulher não estão satisfeitos comigo, podem me mandar embora. Não quero ser um estorvo pra vocês. Ele falou que não pensavam em me dispensar...
Na quarta-feira, acho ruim com ele, por causa de suas brincadeiras.
O inferno começou...
No final, me desentendi com a minha prima.
A ótima sensação de solidão que eu sentia na fazenda da prima, nunca senti na fazenda atual.
Pra mim, o local nem parece bem uma fazenda. A rotina de arar, plantar... ora há muitas plantações, ora nada há. A visão do trabalho do caseiro, muitas vezes acompanhado de sua esposa e filhos e o J.B., também, é enfadonha. Minha dependência é maior...
Só sinto a presença da minha amada solidão, quando estou dentro de casa, mesmo incomodado por insetos e morcegos.
Mas, se eu permanecesse na fazenda da prima, minha situação estaria pior ainda, já que seu marido, segundo ouvi, está, praticamente, morando lá, ao que parece entusiasmado com o galinheiro sofisticado , que criou.
Tolerar seu papo ruim, suas brincadeiras de péssimo gosto, seria um verdadeiro martírio.
Certamente, que nos desentenderíamos, podendo haver agressão física ou, até mesmo, morte.
O Sr Destino deu, depois tirou. Mais uma ilusão, a se tornar desilusão.
Pelo andar da carruagem, nada mais de bom ganharei do Sr Destino, que não quer me dar alegria, sossego e paz. Revolta, tristeza, desânimo, cansaço, descrença e ódio permanecem, infelizmente.
Não há como esquecer os primeiros dias em que passei na roça,mais especificamente os vinte primeiros. E olha que apareceram problemas neste ínterim. Ainda assim, gostei desses dias. Minha vontade de morrer até que passou um pouco. Cheguei até a falar com a minha prima que eu gostaria de viver mais uns 6 anos(eu estava com 59 anos, na ocasião).
A vontade de viver mais tempo passou rápido. A vontade de morrer voltou. Claro que isto foi devido a sucessão de problemas. Contudo, pra mim, o saldo na minha permanência na fazenda era mais positivo do que negativo.
Apesar dos pesares, eu gostava de lá.
E repito que o que mais me agradava na fazenda era a falta de contato humano. De segunda a sexta , eu não me deparava com nenhum mortal.
O cunhado do marido da minha prima só aparecia na fazenda, nos sábados, indo embora aos domingos. O casal 0 aparecia de 15 em 15 dias, sendo até mais comum aparecerem de três em três semanas.
Cheguei até a falar com eles, algumas vezes, do bem que eu sentia em ficar sozinho, no campo.
Um dia, o marido da prima falou: "é, mas assim que o galinheiro ficar pronto, eu ficarei com mais frequência na fazenda e você vai ter que se acostumar com isto".
Quando faltavam poucos dias para eu completar um ano morando na fazenda, o marido da prima apareceu, numa sexta-feira, à tarde; indo embora na quarta. Ele apareceu sem sua esposa.
Foi com intuito de concluir a construção do galinheiro.
E o começo do meu fim , na fazenda, foram nesses dias.
Na sexta-feira, à noite, ele criticava minha postura, na fazenda, mais especificamente na conduta pessoal, como minha falta de empatia com seu cunhado, minhas reclamações, etc...
Eu me defendia... Ele começou a levantar a voz, o que lhe chamei atenção. Ele respondeu que não estava falando alto, mas baixou o tom de voz.
Acabei por falar: se vc e sua mulher não estão satisfeitos comigo, podem me mandar embora. Não quero ser um estorvo pra vocês. Ele falou que não pensavam em me dispensar...
Na quarta-feira, acho ruim com ele, por causa de suas brincadeiras.
O inferno começou...
No final, me desentendi com a minha prima.
A ótima sensação de solidão que eu sentia na fazenda da prima, nunca senti na fazenda atual.
Pra mim, o local nem parece bem uma fazenda. A rotina de arar, plantar... ora há muitas plantações, ora nada há. A visão do trabalho do caseiro, muitas vezes acompanhado de sua esposa e filhos e o J.B., também, é enfadonha. Minha dependência é maior...
Só sinto a presença da minha amada solidão, quando estou dentro de casa, mesmo incomodado por insetos e morcegos.
Mas, se eu permanecesse na fazenda da prima, minha situação estaria pior ainda, já que seu marido, segundo ouvi, está, praticamente, morando lá, ao que parece entusiasmado com o galinheiro sofisticado , que criou.
Tolerar seu papo ruim, suas brincadeiras de péssimo gosto, seria um verdadeiro martírio.
Certamente, que nos desentenderíamos, podendo haver agressão física ou, até mesmo, morte.
O Sr Destino deu, depois tirou. Mais uma ilusão, a se tornar desilusão.
Pelo andar da carruagem, nada mais de bom ganharei do Sr Destino, que não quer me dar alegria, sossego e paz. Revolta, tristeza, desânimo, cansaço, descrença e ódio permanecem, infelizmente.
Bom dia meu amigo
ResponderExcluirAs vezes a vida se torna um martilho, mas tudo na vida passa, esses momentos mais dificil também passará. Quem sabe o senhor destino não lhe surpreenda positivamente, Eu lhe desejo um bom final de semana. Grande abraço.
É, Mirtes, e tenho lido seu blog.
ExcluirLamento muito por vc , sua filha, parentes, estarem passando por tantas aflições, tantas dores corpóreas.
A meu ver, vocês não merecem isto.
Faço votos que tudo melhore, vocês merecem.
Tudo de bom!
Abraços!
Obrigada meu amigo pelo carinho conosco. A vida nem sempre nos parece justa. Mas tudo passa, agora as coisas estão voltando ao normal. O que mas me incomodou foi um dos meus pequenos sempre ter coisas serias. Ele é um anjo,amo todos, mas acredite ele é o mais meigo, justo, carinhoso, enfim a vida tem dessas coisas. As vezes não se pode nem entender, mas a vida segue e temos que seguir com a cabeça erguida. Eu lhe desejo tudo de bom, tomara que a vida lhe surpreenda com coisas boas, torço por você. Um grande abraço.
ResponderExcluirMuito obrigado, Mirtes!
ExcluirSaúde e paz!
Abraço retribuído.