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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Pessimista sonhador?

Sempre com vontade de desabafar, acabo me repetindo, sendo que a idade ainda ajuda a tal.

Cada vez mais nervoso e descrente.

Ontem, vim até a cidade interiorana, mas não fui na biblioteca.
Estou mesmo enfarado de vir até aqui, embora ainda gostar de interagir , postar no blog e, principalmente, baixar e gravar músicas na internet.
No entanto, de uns tempos pra cá, os downloads de discos estão muito lentos, a passo de tartaruga.
Na última vez que vim aqui, gravar álbuns, não tive sucesso, perdendo muito tempo devido a lentidão dos downloads.  Isso me desanima mais ainda.

Comecei a baixar/gravar músicas na biblioteca, em julho do ano passado.  Durante meses, baixava/gravava na maior facilidade, graças a rapidez dos downloads, mas agora...
Mais uma coisa que começou bem e está terminando mal...

É vero que meu único apego é com minha coleção de discos, com as respectivas aparelhagens.
Apesar da minha paixão pelos discos, eu gostaria de não ter tal apego.

A vontade de sumir, só aumenta.  Ah se eu fosse corajoso!
Cometer o auto-extermínio ou desaparecer, seguindo uma estrada qualquer, só com a roupa do corpo, torcendo imensamente para a coisa mais certa da vida me pegar.

Atualmente, a coisa que mais odeio é o lar em que moro.  Já relatei os motivos, os inconvenientes de morar numa casa sem forro.  Os morcegos costumam sumir, por , no máximo, um mês, mas voltam...
De uns dias pra cá, seguidamente, eles que me colocam pra fora da cama, de madrugada.  Pra que relógio?  Os morcegos são meus despertadores, me despertam com ira, fazendo eu proferir palavrões, irado!

A estrada, onde ando uns quatro quilômetros, para chegar até a cidade interiorana, é um prato e tanto pra quem sente vontade de se matar.  A tentação é grande, mas a coragem é pequeníssima.

Mas, eu, humildemente, sonho com a benevolência do Sr Destino.
Ah, se houvesse um mundo, no qual não teríamos problemas, não precisaríamos de dinheiro... só felicidade, paz, sem monotonia.  Um mundo estável, constante, verdadeiro, com nosso bem estar garantido.
Imaginem, bem, pelo menos eu imagino, um mundo com céus de diversas cores: azul, verde, vermelho, roxo, amarelo... dezenas de luas igualmente de diversas cores.  O clima ameno, um sol que ilumina, mas não queima.  Notas musicais desconhecidas e belas, além das sete que conhecemos.
E, de quebra, mulheres tipo ninfas. Imaginem, comer do bom e do melhor, sem precisarmos defecar.

Bem, há pouco tempo, dependurei, num papelzinho, no meu quarto, a frase de Euripedes, "Minha mãe gerou-ma infeliz; invejo os mortos; amo-os ardentemente; aspiro morar em suas casas".
Acho quase impossível alguém, enquanto eu estiver vivo, ver a frase, já que é raro alguém entrar no meu lar, principalmente no meu quarto.  Mas, se eu morrer, creio que terão certeza que eu não brincava, não dissimulava.
E se eu me jogar na frente de um caminhão, saberão sobre meu real desejo de morrer, e o motorista, se não for frio, ficará mais aliviado.

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