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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Três Anos- Futuro Morador de Rua?

Em 25.07.2018, fez três anos que moro na roça.

Há aproximadamente um mês, super descontente com a minha condição  na fazenda do primo, querendo ir embora de lá, andei procurando uma opção de moradia, na cidade interiorana.

Bem, uma funcionária , da Câmara Municipal, disse que olharia, justamente numa fazenda, na imensa região onde se encontra a fazenda da prima(minha ex-patroa).
O proprietário, segundo a funcionária, é um vereador.  Não deu jogo, pois, de cara, o local em que eu moraria seria sem forro...

Fui na Assistência Social, comentei meu drama com uma Assistente Social e uma Psicóloga.
O que a Assistente me indicou seria um barracão, numa casa popular, sem forro também, num ambiente meio barra pesada e com muito som alto de funk e música sertaneja(e eu moraria gratuitamente, mas teria que arcar com as despesas de mantimentos, por exemplo).  Outra opção: um asilo, numa cidade com mais recursos.  Tudo descartado.

A Assistente Social disse que eu poderia ter o Bolsa Família(75,00 mensais) e me aconselhou a ter paciência, já que daqui há três anos , me aposento por idade.
Já requeri o Bolsa Família, mas não tenho mesmo paciência de morar, aguentar, mais três anos na fazenda do primo.

E, ontem, quando , à tarde, rastelava folhas, decidi que não mais vou ficar na fazenda do primo, e não mais vou rastelar e nem aguar as plantas, traduzindo: não farei mais nada e nem pedirei dinheiro a ele.
Ainda nesta semana, pretendo cientificar a ele a minha decisão.  Odeio a fazenda dele!  E não é bem uma implicância com roça, já que eu gostava da fazenda da prima...

Hoje, querendo mais esclarecimentos de como um sem rua sobreviveria na cidade interiorana e ansiando por um local em que minhas coisas, um comodo, poderiam ficar, pois mesmo sem fazer uso, sou apegado nos discos, no som, conversei com a psicóloga da Assistência Social.
Ela, que me aconselhou a fazer uma psicoterapia(algo que recusei), não conhece um local em que minhas coisas poderiam ficar guardadas.  Entre nossa conversa, ela pediu o telefone da minha sobrinha, que mora em BH; lhe dei...

A psicóloga quis saber alguma coisa sobre minha vida, inclusive sobre meus pais. Ela, que já conhece meu blog, e, penso eu que manjou bem como sou, perguntou se eu sinto saudades de alguém.
PASMEM, comecei a chorar, depois de anos e anos sem derramar lágrimas, e respondi que sentia saudades da minha última paixão amorosa, a tal LL.  Patético!

Se eu me tornar um morador de rua, não pedirei esmolas...

Mais uma vez, conto com a sorte, sendo que, no momento, o que mais quero é sair da fazenda do primo, lugar que odeio,com toda força da minha alma!

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